08/10/2010

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Esporte e Lazer

Esporte e Educação

                            Esporte e Educação
O desporto conhecido como é hoje, ou o desporto moderno, toma forma nas escolas da Inglaterra do século XVIII, berço do capitalismo.
Cercados pela ideologia capitalista, a qual prega a ordem, o racionalismo, a competição e a iniciativa individual, os alunos das escolas inglesas desenvolvem um novo formato para os jogos populares de então, dando origem ao Esporte. Surgem os campeonatos entre as escolas, os clubes e depois as confederações, instrumentos que paulatinamente vão legitimando a prática esportiva.
Após a consolidação do capitalismo e sua dispersão por todo o mundo, a instituição esportiva, antes restrita ao mundo europeu, vai ganhando espaço nos outros continentes. Seguindo a mesma lógica da voracidade capitalista, o Esporte imiscui-se às culturas e toma o espaço de práticas populares, veiculando a ideologia capitalista mundialmente.
Entre outros fatores, pelo seu potencial catártico, que possibilita ao espectador um bem estar através do processo de transferência de seus próprios problemas ao ambiente de jogo, o Esporte passa a ser um grande aglutinador de massas. Aproveitando essa potencialidade do fenômeno, empresários apropriam-se das diferentes esferas relacionadas ao Esporte: vestimentas, clubes, acessórios, redes de televisão, dentre outros. E por sua vez, o Estado também passa a usar do Esporte em busca de popularidade e projeção internacional.
Unido à mídia corporativa, interessada em mais espaço e lucro para seus patrocinadores, o esporte sofre intensas transformações, sobretudo na forma como é transmitido. Acentua-se o caráter espetacular das competições, o que se torna visível através da presença de telões nos estádios, existência de canais de televisão especializados no assunto, aumento da prática de “esportes da moda” e extrema valorização e influência social dos atletas mais bem sucedidos. Conceituando essa nova fase do esporte, surge a expressão “Esporte Espetáculo”, modelo atual do fenômeno aqui tratado.
Para o especialista em antropologia social Arlei Damo, uma competição esportiva é "até certo ponto" uma ilusão, pois não impacta na vida ou dia-a-dia das pessoas, exceto daqueles diretamente ligados à prática do esporte.[2]